Lynx

   
A constelação de Lynx (Lince) é constituída por estrelas pouco brilhantes (a mais brilhante tem magnitude aparente 3.1). A constelação foi baptizada  pelo astrónomo polaco J. Hevelius, segundo o qual, apenas uma pessoa com olhos de lince seria capaz de a detectar a olho nu. A constelação pode ser identificada tendo como referência estrelas brilhantes de constelações vizinhas. Estão neste caso, por exemplo, as estrelas:    Menkalinan ou Capella em Auriga (Observação do mês nº23 - Novembro 2003), Castor ou Pollux em Gémeos (Observação do mês nº3 - Março 2002).

Figura 1- A constelação de Lynx

Ao longo dos anos foram feitas algumas alterações nas fronteiras da constelação de Lince. A estrela 10 UMa que inicialmente fazia parte da constelação da Ursa Maior (Observação do mês nº4 - Abril 2002) encontra-se actualmente bem dentro da região da constelação de Lince. Em contrapartida a estrela 41 Lyn encontra-se no interior da constelação da Ursa Maior.

Embora existam nesta constelação vários objectos de interesse estes são muito poucos luminosos para que possam ser observados a partir de pequenos telescópios. De entre todos destacaremos os dois mais brilhantes:

NGC 2683 é uma galáxia espiral situada a cerca de 16 milhões de anos luz da Nossa Galáxia. A sua magnitude aparente é de 10.6. Esta galáxia, descoberta em 1788 por William Herschel, é também designada por UFO galaxy (galáxia do Disco Voador) em virtude de se apresentar praticamente de lado segundo a nossa linha de visão.  

NGC 2419 é um enxame fechado, pertencente à Nossa Galáxia, situado a cerca de 250 000 anos luz do Sol (mais longe do que a Grande Nuvem de Magalhães que é uma galáxia irregular satélite da Nossa Galáxia). Trata-se  de um dos enxames fechados mais remotos pertencentes à Nossa Galáxia. A sua magnitude aparente é de 10.4. e está aproximando-se de nós a uma velocidade próxima dos 20km/s.

Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira - 2004