Projecto desenvolvido por: Alberto Serrão

(4ºano – Engª Instrumentação e Electrónica, ramo de Astronomia)

Cadeira: Instrumentação em Astronomia

A produção de espelhos para telescópios astronómicos começa pelo trabalhar de uma “peça” (usualmente de vidro – por ex. pirex – Fig.1) até lhe dar a forma pretendida (por ex. um parabolóide – Fig.2). A esta fase inicial chama-se desbaste.

Fig.1: A “peça” do Hubble Space Telescope, de quartzo fundido.

 

Fig.2: A superfície de um espelho é, normalmente, escolhida como um parabolóide, de forma a minimizar os erros. Esta pode ser mais (em cima) ou menos (em baixo) curva de forma a focar mais perto ou mais longe (a razão desta distância  focal para o diâmetro é o f/número).

 

 

De seguida, deve-se polir a superfície de forma a que a mesma fique lisa o suficiente para as irregularidades serem da ordem de l/16 ou inferior (no óptico temos cerca de 550nm, logo a precisão da superfície deve ser ~34nm).

Embora o polimento profissional seja todo automatizado (Fig.3), o que é feito a nível amador é, usualmente, manual. É esta a razão do nosso projecto (inspirado em Sinnot & Waineo (1995), Sky & Telescope, vol.90, nº5,81): automatizá-lo também a este nível.

Fig.3: Um polimento profissional (note-se a “espuma” derivada da utilização do abrasivo).

 

Contruimos, então, uma máquina polidora de espelhos (com diâmetro máximo de 25cm) – Fig.4. Ainda, construimos o disco de pez, que é a “ferramenta” do polimento. Usa-se, sempre, um abrasivo adequado, que ajuda a trabalhar a superfície com precisão (por ex. Cerox).

Fig.4: O nosso polidor é eléctrico. Tem um prato giratório com controle de velocidade e um braço de “vai-vém”, também com controlo de velocidade. Ligado ao braço está um disco polidor que é o que trabalha a superfície de um espelho que se coloca sobre o disco.

 

Após o polimento, um espelho apenas necessita de ser coberto com um metal altamente reflector (usualmente prata) “et voilá”…

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