UNIVERSIDADE DA MADEIRA

GRUPO DE ASTRONOMIA


    VI SEMANA DA ASTRONOMIA

05 a 10 de Junho de 2006

Resumos

Buracos Negros Artificiais
Dr. Laurindo Sobrinho
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira

Os buracos negros são objectos previstos pelas Leis da Física. Actualmente existem vários candidatos a buraco negro que vão desde os de massa estelar aos supermassivos. Embora nunca se tenha detectado qualquer candidato a buraco negro de massa pequena (muito inferior à massa do Sol) é possível que estes se tenham formado no início do Universo quando as condições eram favoráveis. Actualmente, com a entrada em funcionamento do acelerador de partículas LHC, surge pela primeira vez, a possibilidade de se produzirem buracos negros artificialmente.
Nesta palestra, depois de uma breve introdução sobre buracos negros e sobre aceleradores de partículas, discutimos e a possibilidade de produção de buracos negros no LHC bem como algumas das suas implicações. Em particular discutimos a possibilidade de investigar a existência de outras dimensões no nosso Universo ou mesmo a existência de Universos paralelos.


Simulação em computador da evaporação de um buraco negro produzido no LHC. Os traços referem-se a jactos de quarks e gluões emitidos num processo designado por Radiação de Hawking (Dimopoulos and Landsberg, Physical Review Letters, 15 October 2001).


Observação do Sol
Dr. Sidónio Pestana
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira

Observação da superfície do Sol e respectivas manchas solares através dos telescópios LX200 e Mizar pertencentes ao Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira.


Manchas Solares a 28 de Março de 2001 (Observação com o Telescópio LX200).


A descoberta da primeira rádio galáxia jovem numa “super-galáxia”
Prof. Dr. Pedro Augusto
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira

Nesta palestra descrever-se-á o caminho que levou à descoberta da primeira rádio galáxia jovem na galáxia central de um enxame de galáxias que, por sinal, está bem distante (a 2000 milhões de anos-luz). Falar-se-á também das implicações da descoberta para o nosso conhecimento do Universo, neste caso particular na evolução de galáxias e de enxames de galáxias. Desde há 20 anos que se sabia que a “super-galáxia” central do enxame de galáxias Abell 2390 tinha no seu centro um forte “ponto” emissor na banda rádio do espectro electromagnético. No entanto, só agora se descobriu (após fazer o “zoom” adequado) que, afinal, esse ponto tem a estrutura simétrica típica de uma rádio galáxia. Devido ao seu pequeno tamanho, a nova rádio-galáxia será jovem, tendo “apenas” 5 mil anos.


A imagem na banda rádio (neste caso na frequência de 1.7 giga-Hertz, feita com o EVN) da rádio galáxia jovem descoberta na super-galáxia central do enxame de galáxias Abell 2390. A imagem é construída a “falsa-cor” uma vez que os nossos olhos não captam ondas rádio: vermelho é mais intenso e azul menos intenso. A rádio galáxia contém um núcleo central brilhante e dois jactos de plasma directamente opostos, como é típico em rádio galáxias. Estes parecem separados em “bocados”. De facto, tais “bocados” são zonas onde os jactos sofrem choques com o meio interestelar e, por isso, emitem mais radiação.


Astrofotografia com Webcam
Eng. Marco Joaquim
Associação de Astrónomos Amadores da Madeira

A utilização de webcams para astrofotografia. Qual a câmara mais apropriada. O uso amador e cientifico. Aquisição e processamento de imagens com webcam. Apresentação de algumas fotos feitas na Madeira.


Planeta Júpiter no dia 08-02-2004 (foto Marco Joaquim)


Os defeitos do Nosso Universo
Dr. Angelino Gonçalves
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira

Para podermos entender melhor a evolução do nosso Universo é necessário entender melhor as transições de fase que ocorreram nos instantes iniciais quando as quatro forças fundamentais da natureza (gravítica, electromagnética, forte e fraca) se separaram umas das outras. Essas transições de fase deram origem a defeitos topológicos (semelhantes aos encontrados por exemplo nos cristais de gelo). Embora esses defeitos não tenham ainda sido observados na natureza, podem ser estudados mediante simulações numéricas em supercomputadores.


O mecanismo de Kilble para a formação de fios cósmicos.


Água em Marte ?
Dr. Orlando Silva
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira

As novas informações do Planeta Vermelho, provenientes da vasta frota de sondas enviadas para a órbita deste planeta (Mars Global Surveyor, Mars Express e Mars Odissey) trouxeram novas certezas relativamente à existência deste precioso líquido que é a água.
A grande definição das imagens, em contraste com as imagens enviadas pelas Mariner e Viking na década de 70, revelam a existência de canais, lagos e oceanos onde outrora a água correu no estado líquido.


Calotes polares do planeta Marte.

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© Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira 2006