Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira

Globe at Night

O programa GLOBE at Night consiste numa campanha internacional na qual todos os cidadãos são convidados a participar (sejam ou não cientistas/astrónomos). A ideia é que cada participante meça a brilho do seu céu nocturno na sua zona e submeta os dados via internet por forma a obtermos um mapa global do brilho do céu. A campanha pretende chamar a atenção para o impacto da poluição luminosa que não só nos retira o direito a um céu estrelado (que nos foi legado pelos nossos antepassados) mas que também afecta a economia, a vida selvagem e até a nossa própria saúde. No caso da Região Autónoma da Madeira pretendemos contribuir com um número de registos tão grande tão geograficamente disperso quanto possível.

Como participar?

Basicamente o objectivo é observar a constelação de Leão e registar qual a magnitude das estrelas menos brilhantes que se conseguem identificar a olho nu (isto é, sem a ajuda de qualquer instrumento) a partir do nosso ponto de observação. A observação deve ter lugar entre as 20h00 e as 22h00 locais (cerca de uma hora depois do anoitecer). O registo da nossa observação deve ser feito em:

http://www.globeatnight.org/webapp/

Os dados a reter são:

Data da observação e hora

Local (existe um mapa onde podemos selecionar o ponto exacto da nossa observação) e país. Se necessário podemos juntar alguns comentários sobre o local (meio urbano, zona rural, floresta,...)

Selecionar no mapa da constelação a imagem que mais se aproxima da que conseguimos observar (mag 0 a mag 7).

Indicar as condições atmosféricas no momento da observação (selecionando a imagem que melhor se adapte ao coberto de nuvens e se necessário acrescentando comentários).

Caso tenha sido utilizado um Sky Qaulity Meter indicar a respectiva leitura e o número de série do aparelho

Verificar se está tudo bem e submeter os dados.

Caso a sua observação seja feita a partir da Região Autónoma da Madeira gostavamos de receber também os seus dados via email juntamente com o seu primeiro e último nome para juntarmos ao nosso relatório. Para envio de dados ou para qualquer esclarecimento utilize o endereço: astro_at_uma.pt.

NOTA: a magnitude das estrelas mede-se numa escala invertida. Assim às estrelas mais brilhantes correpondem grandezas de magnitude mais baixas e às menos brilhantes grandezas de magnitude mais altas. Objectos muito brilhantes como o Sol e a Lua têm magnitudes negativas. A estrela mais brilhante no céu nocturno é Sírius com m = -1.6 (negativo). A estrela mais brilhante de Leão é Regulus com m = 1.3. A olho nu conseguimos ver estrelas até a grandeza 6 (aprox).

Em http://www.globeatnight.org/webapp/ pode ver diversas imagens da constelação de Leão para diferentes magnitudes aparentes.

A seguir apresentam-se algumas imagens da constelação Leão indicando a magnitude de algumas estrelas. Um ponto de referência chave é o planeta Marte que durante todo o mês de abril permanece na constelação de Leão à esquerda de Regulus (a estrela mais brilhante da constelação).

m < 0.5

Apenas Marte

Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 0.5 então não será visível a olho nu nenhuma das estrelas de Leão. Apenas conseguiremos ver o planeta Marte com o seu tom vermelho-alaranjado (magnitude aprox. -0.5).

m < 1.5

Marte e Regulus

Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 1.5 então a única estrela de Leão visível será alfa-Leo também conhecida por Regulus (m = 1.3). Neste caso conseguiremos ver o planeta Marte (mais brilhante) e um pouco ao lado Regulus.

m < 2.5

Marte, Regulus e Denebola

Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 2.5 então conseguiremos ver duas estrelas de Leão: Regulus (m = 1.3) e beta-Leo também conhecidoa por Denebola (m = 2.2). Neste caso conseguiremos ver o planeta Marte (mais brilhante) ao lado de Regulus e um pouco mais distante Denebola.

m < 3.5

Marte e o "corpo" do Leão

Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 3.5 então conseguiremos identificar seis das estrelas de Leão o que nos permite identificar já de forma o "corpo" do Leão.

alfa-Leo - Regulus (m = 1.3)
beta-Leo - Denebola (m = 2.2)
gama1-Leo - Algieba (m = 2.6)
delta-Leo - Zosma (m = 2.6)
épsilon-Leo (m = 3.1)
téta-Leo - Chertan (m = 3.4)

m < 4.5

O "corpo" do Leão torna-se mais composto

Se conseguirmos ver estrelas até m = 4.5 então o número de estrelas visíveis a olho nu sobe para 15. Vamos destacar, pela sua localização, as seguintes:

eta-Leo (m = 3.6) - entre Regulus e Algieba
omicron-Leo (m = 3.8) - um pouco ao lado de Regulus (lado oposto a Marte)
mu-Leo (m = 4.1) - um pouco acima de épsilon-Leo na cabeça do Leão
lambda-Leo (m = 4.5) - um pouco ao lado de épsilon-Leo na cabeça do Leão

m < 5.5

O "corpo" do Leão torna-se mais composto (continuação)

Se conseguirmos ver estrelas até m = 5.5 então o número de estrelas visíveis a olho nu sobe para cima de 40. Vamos destacar, pela sua localização, apenas algumas destas estrelas:

kapa-Leo (m = 4.6) - na cabeça do Leão acima de lambda-Leo
pi-Leo (m = 4.9) - abaixo de Regulus (um pouco para a direita)
nu-Leo (m = 5.2) - ao lado de Regulus
22-Leo (m = 5.30) - entre mu-Leo e épsilon-Leo (cabeça do Leão)

m < 6.5

Nos limites do visível a olho nu

Se conseguirmos ver estrelas até m = 6.5 então o número de estrelas visíveis a olho nu supera a centena. Relembre-se que m = 6.0 é usualmente apontado como o limiar do visível a olho nu (embora este limite possa variar ligeiramente de pessoa para pessoa). Vamos destacar, pela sua localização, as seguintes:

psi-Leo (m = 5.6) - acima de omicron-Leo
86-Leo (m = 5.7) - entre beta-Leo e delta-Leo
90-Leo (m = 6.0) - entre beta-Leo e delta-Leo
SAO99128-Leo (m = 6.3) - à esquerda de gama-Leo

m < 7.5

Centenas de estrelas

Um verdadeiro desafio para os nossos olhos: conseguir identificar neste "mar" de estrelas uma estrela de magnitude de grandeza 7. Alguns exemplos (todas dentro do corpo do Leão):

SAO99229-Leo (m = 6.6)
SAO99444-Leo (m = 6.6)
SAO99464-Leo (m = 6.9)

Em alternativa pode também consultar outras imagens em: http://www.globeatnight.org/observe_magnitude30N.html

Para saber mais sobre a constelação de Leão e as suas estrelas mais brilhantes:

../Astronomia/Observ_mes/Mar2003/leo.htm

	m < 0.5 Apenas Marte Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 0.5 então não será visível a olho nu nenhuma das estrelas de Leão. Apenas conseguiremos ver o planeta Marte com o seu tom vermelho-alaranjado (magnitude aprox. -0.5).

	m < 1.5 Marte e Regulus Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 1.5 então a única estrela de Leão visível será alfa-Leo também conhecida por Regulus (m = 1.3). Neste caso conseguiremos ver o planeta Marte (mais brilhante) e um pouco ao lado Regulus.

	m < 2.5 Marte, Regulus e Denebola Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 2.5 então conseguiremos ver duas estrelas de Leão: Regulus (m = 1.3) e beta-Leo também conhecidoa por Denebola (m = 2.2). Neste caso conseguiremos ver o planeta Marte (mais brilhante) ao lado de Regulus e um pouco mais distante Denebola.

	m < 3.5 Marte e o "corpo" do Leão Se apenas forem visíveis estrelas de magnitude aparente m< 3.5 então conseguiremos identificar seis das estrelas de Leão o que nos permite identificar já de forma o "corpo" do Leão. alfa-Leo - Regulus (m = 1.3) beta-Leo - Denebola (m = 2.2) gama1-Leo - Algieba (m = 2.6) delta-Leo - Zosma (m = 2.6) épsilon-Leo (m = 3.1) téta-Leo - Chertan (m = 3.4)

	m < 4.5 O "corpo" do Leão torna-se mais composto Se conseguirmos ver estrelas até m = 4.5 então o número de estrelas visíveis a olho nu sobe para 15. Vamos destacar, pela sua localização, as seguintes: eta-Leo (m = 3.6) - entre Regulus e Algieba omicron-Leo (m = 3.8) - um pouco ao lado de Regulus (lado oposto a Marte) mu-Leo (m = 4.1) - um pouco acima de épsilon-Leo na cabeça do Leão lambda-Leo (m = 4.5) - um pouco ao lado de épsilon-Leo na cabeça do Leão

	m < 5.5 O "corpo" do Leão torna-se mais composto (continuação) Se conseguirmos ver estrelas até m = 5.5 então o número de estrelas visíveis a olho nu sobe para cima de 40. Vamos destacar, pela sua localização, apenas algumas destas estrelas: kapa-Leo (m = 4.6) - na cabeça do Leão acima de lambda-Leo pi-Leo (m = 4.9) - abaixo de Regulus (um pouco para a direita) nu-Leo (m = 5.2) - ao lado de Regulus 22-Leo (m = 5.30) - entre mu-Leo e épsilon-Leo (cabeça do Leão)

	m < 6.5 Nos limites do visível a olho nu Se conseguirmos ver estrelas até m = 6.5 então o número de estrelas visíveis a olho nu supera a centena. Relembre-se que m = 6.0 é usualmente apontado como o limiar do visível a olho nu (embora este limite possa variar ligeiramente de pessoa para pessoa). Vamos destacar, pela sua localização, as seguintes: psi-Leo (m = 5.6) - acima de omicron-Leo 86-Leo (m = 5.7) - entre beta-Leo e delta-Leo 90-Leo (m = 6.0) - entre beta-Leo e delta-Leo SAO99128-Leo (m = 6.3) - à esquerda de gama-Leo

	m < 7.5 Centenas de estrelas Um verdadeiro desafio para os nossos olhos: conseguir identificar neste "mar" de estrelas uma estrela de magnitude de grandeza 7. Alguns exemplos (todas dentro do corpo do Leão): SAO99229-Leo (m = 6.6) SAO99444-Leo (m = 6.6) SAO99464-Leo (m = 6.9)